sábado, 26 de março de 2011

OBESIDADE INFANTIL – Um trabalho para muitos profissionais



                A porcentagem de crianças e pré-adolescentes com sobrepeso e obesidade tem aumentado assustadoramente, isso atinge tanto a saúde como a relação dessas crianças com os demais na sociedade, uma vez que acabam sendo alvo de discriminação.
                A obesidade infantil está associada a doenças do coração, diabetes tipo 2, asma, apnéia do sono, hipertensão, entre outros. Diabetes e intolerância a glicose eram doenças comuns em adultos e hoje passaram a fazer parte dos problemas de saúde relacionados à obesidade infantil, este quadro pode resultar em complicações mais graves como doenças cardiovasculares e problemas renais.
O tratamento dos pequenos exige um trabalho árduo, englobando pediatra, nutricionista e familiares. Evitando-se ao máximo o uso de medicações, já que muitos estudos têm mostrado que os remédios não são tão eficazes para essa população. Psicólogos, também, podem ajudar aos pais nesse processo, pois saberão trabalhar melhor com o auto-controle e a aceitação da necessidade de alterações para se chegar ao resultado esperado.
                Os pais têm grande influência sobre a alimentação e o estilo de vida dos filhos, por isso toda a família deve acompanhar o tratamento e seguir junto as alterações necessárias. O envolvimento dos familiares na mudança de hábitos alimentares é o primeiro passo para que a criança consiga seguir um plano alimentar e evite voltar a aumentar peso.
                Cabe aos pais batalharem junto, afinal, não adianta somente a criança consumir alimentos “corretos” se na mesma mesa há um familiar ingerindo alimentos inadequados. O ideal é que a criança tenha um acompanhamento nutricional regular, recebendo orientações dietéticas que ajudem na mudança dos seus hábitos alimentares e da família.
                A introdução gradativa das mudanças na alimentação tem resultados mais satisfatórios do que a restrição radical de certos alimentos. É preferível começar ensinando as crianças a comerem alimentos saudáveis, ricos em nutrientes, como frutas e verduras, para depois diminuir a ingestão de alimentos gordurosos como doces e lanches (fast-food). A proibição drástica de determinados alimentos pode, muitas vezes, estimular as crianças a buscarem tais produtos.
                Junto às mudanças na alimentação, deve-se, também, estimular a prática de atividades físicas, as quais, atualmente, têm sido deixadas de lado por horas na frente do computador ou televisão.